O programa RS Digital, que visa ampliar os serviços digitais prestados aos cidadãos do Rio Grande do Sul, por meio do apoio a municípios, foi tema do painel “RS Digital: Uma agenda de Mobilização e Aceleração”, realizado nesta quinta-feira (21/3) no South Summit Brazil, no Cais Mauá, em Porto Alegre. Participaram do painel a secretária de Planejamento, Governança e Gestão, Danielle Calazans, o secretário-adjunto da pasta, Bruno Silveira, que moderou o evento, o diretor-geral do Escritório de Desenvolvimento de Projetos (EDP), Hiparcio Stoffel, e o diretor da RedeSim, da JucisRS, Silvio Ramão. O South Summit Brazil é um evento anual de inovação correalizado pelo governo do Estado.

Lançado em março de 2023, o RS Digital enfoca os 497 municípios gaúchos na implementação de estratégias municipais de governo digital, colaborando com capacitação, diagnóstico, plano de ação e acesso a boas práticas.

Atualmente, 45 cidades já fazem parte da Rede RS Digital – os municípios correspondem a 27% da população gaúcha e a 26% do Produto Interno Bruto (PIB) estadual.

“A SPGG é a secretaria mais transversal do governo e queremos que os serviços digitais estejam disponíveis a toda a população”, afirmou Danielle, lembrando que é necessário que esses serviços do governo tenham acessibilidade para atender aos cidadãos. "Quando inauguramos o Tudo Fácil em Pelotas, no ano passado, imaginávamos 6 mil atendimentos mensais, mas temos 12 mil atendimentos em média. Isso mostra que, apesar de oferecermos 95% dos serviços de forma digital, é preciso o letramento da população”, completou.

O programa RS Digital integra a estratégia liderada pela Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), por intermédio do Escritório de Desenvolvimento de Projetos. Conta com apoio da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), Procergs - Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Rio Grande do Sul, Fórum Estadual de Secretários de Desenvolvimento Econômico, Badesul, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e gov.br.

"Permitimos o registro de uma empresa de baixo risco em menos de dez minutos. Para ampliar as soluções, desenvolvemos o Tudo Fácil Empresas 2.0, que facilita o processo para todos os empreendimentos, mesmo os mais complexos”, explicou Ramão.

rs.gov.br

A partir da atuação junto ao programa RS Digital, os municípios passam também a ter espaço no portal rs.gov.br, a plataforma unificada de serviços do governo do Rio Grande do Sul.

“O rs.gov.br é um portal integrador, onde o cidadão consegue encontrar, na mesma plataforma, mais de 700 serviços do Estado. Em 2020, obtivemos 5,7 milhões de acessos em nossos serviços digitais”, lembrou Stoffel.

O rs.gov.br concentra 717 serviços estaduais, sendo 95% deles digitais. Desde seu lançamento, em 2019, a plataforma vem aumentando o alcance dos serviços digitais e proporcionando maior agilidade e praticidade aos cidadãos. O índice atual de satisfação do usuário é de 77,5%.

“A plataforma rs.gov.br é um serviço de vanguarda do Estado, o governo está pronto para servir ao cidadão. Precisamos da mudança de cultura para criar a adesão dos municípios, capacitação e letramento da população. Assim, ganhamos credibilidade e confiabilidade”, finalizou Silveira.

A iniciativa acumula prêmios, como o primeiro lugar no Índice de Oferta de Serviços Públicos Digitais da Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Tecnologia da Informação e Comunicação (Abep-TIC) por três anos consecutivos; e o Prêmio Excelência em Governo Eletrônico (e-Gov) 2021. Além disso, ficou entre os três melhores do país no Prêmio iBest 2023 na categoria Governo Estadual, pelo júri da Academia iBest.

Experiência digital do cidadão

O painel "Digitalização do governo e internacionalização dos municípios" complementou as discussões realizadas previamente e trouxe exemplos de experiências que posicionaram o Rio Grande do Sul com um histórico de três anos consecutivos como o Estado que mais e melhor oferece serviços digitais aos cidadãos. A avaliação é do Índice de Oferta de Serviços Públicos Digitais da Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Tecnologia da Informação e Comunicação (Abep-TIC).

"Precisamos de plataformas que tenham condições de entregar serviços aos cidadãos em seus mais diversos territórios, que sejam efetivas na ponta", ressaltou Silveira.

O diretor-geral do EDP compartilhou exemplos das ferramentas em uso pelo Estado e salientou o conceito de democracia digital. "É importante percebermos a tecnologia como meio de interação entre o governo e o cidadão. A transformação digital tem mais a ver com as pessoas do que com as ferramentas em si", afirmou.

A discussão contou com a moderação da fundadora e CEO na DS Estratégias de Educação & Inteligência Financeira, Dirlene Regina da Silva.

_{Texto: Ascom SPGG e Ascom EDP
Edição: Camila Cargnelutti/Secom}